O Google e o Facebook podem mesmo escutar o que falamos?
Atualmente, uma das grandes preocupações das pessoas é a respeito da segurança de seus dados no ambiente online. Todos os dias, ao acessar redes sociais, aplicativos e plataformas populares como o Google, as teorias da conspiração como a chamada de Cumbucagate, sempre vêm a tona: as plataformas digitais podem mesmo nos escutar através do smartphone?
No ano de 2017, o site Brainstorm9, especializado em criatividade e inovação, foi o responsável por criar o famoso “Cumbucagate”. Não ouviu falar ainda? Explicamos: o site tem um programa chamado Braincast, que fala sobre os mais variados temas. Em um destes podcasts, um dos apresentadores, Luiz Hygino, comenta que estava em um evento patrocinado por uma marca de TV a cabo e começou a falar sobre as cumbucas, onde estavam sendo servidos alguns petiscos. A palavra cumbuca despertou o interesse dos participantes do bate-papo e um deles disse que não ouvia a palavra “cumbuca” há muito tempo. A palavra foi repetida diversas vezes na conversa. Quando o apresentador foi checar seu celular, estavam aparecendo vários anúncios de cumbucas em seu Instagram. Hygino esclareceu que jamais pesquisou o termo em nenhuma plataforma digital.
Tal relato teve sua proporção ampliada quando outros internautas relataram aos apresentadores do Braincast histórias semelhantes. O grupo, então, apelidou o caso de “Cumbucagate”, em uma referência ao lendário escândalo Watergate que, através de escutas e fotos, deflagrou um esquema de corrupção que levaria à renúncia do presidente norte-americano Richard Nixon.
O que as empresas dizem?
Entrevistado pela rede americana CBS, o ex-gerente de operações do Facebook Sandy Parakilas, disse achar bastante improvável que a empresa tenha alguma forma oculta de gravar conversas das pessoas através de celulares. Parakilas falou também que fluxos constantes de áudio de tantos telefones seriam muito caros para coletar e analisar. Além disso, comentou ele, as empresas não precisam ouvir para saber o que está em sua mente: “Eles sabem muito sobre você e isso permite que façam suposições sobre o que anunciar para você. Isso pode ser estranhamente preciso”, finaliza.
Na mesma reportagem, o Google e o Facebook oficialmente negaram o uso de microfones de celulares para coletar informações para anúncios. Em um comunicado, o Google disse: “Não usamos som ambiente de nenhum dispositivo para segmentar anúncios”. O Facebook declarou: “Exibimos anúncios com base nos interesses das pessoas e em outras informações de perfil, não sobre o que as pessoas estão falando em voz alta.”
O que podemos concluir?
E, afinal, qual a verdade? De fato, não se sabe. Ainda não foram encontradas provas concretas de que episódios semelhantes ao Cumbucagate refiram-se à escutas deliberadamente ativadas nos celulares para a finalidade de segmentar anúncios. Só resta observar e, por hora, tirar nossas próprias conclusões. Então, aproveite o clima de conspiração e aprenda sobre o que são os Dark Posts.
E você, já achou que estava sendo “ouvido” por seu celular quando viu um anúncio? Conte aqui para a gente!