Big Data e pesquisa de marketing podem conviver pacificamente?

Ultimamente, vemos muitas discussões acerca da relação entre Big Data e pesquisa de marketing. Inclusive, muitas postagens na Internet pregam que o Big Data substituirá a pesquisa de marketing tradicional. Muitos autores defendem que o uso extensivo de dados disponíveis, plataformas de processamento de dados ou ferramentas de pesquisas “do it yourself” (faça você mesmo) como o Survey Monkey podem evitar que empresas necessitem de pesquisas de marketing tradicionais.

Porém, não é bem assim. O grande fluxo de informações que o Big Data coleta em diversas situações, ainda não substituiu a coleta de dados por telefone, as pesquisa com grupos de foco, entrevistas, ou degustações. Já pensou como seria testar um lançamento de um novo chocolate pela Internet, por exemplo?

Afinal, o que é o Big Data?

Mesmo entre profissionais da área, o conceito do que é o Big Data às vezes não é muito claro. Uma definição interessante do site da empresa SAS pode ajudar bastante a entender o conceito: “Big Data é um termo que descreve o grande volume de dados — tanto estruturados quanto não-estruturados — que sobrecarrega as empresas diariamente. Mas não é a quantidade de dados disponíveis que importa; é o que as organizações fazem com eles. O Big Data pode ser analisado para obter insights que levam a decisões melhores e ações estratégicas de negócio”.

Por exemplo: Quando alguém faz uma pesquisa no Google, um comentário no Facebook, ou um Tweet, essa pessoa está criando dados. Uma compra na Americanas.com ou uma nova assinatura na Netflix também geram informações. Uma reserva de viagem no Trivago, um pedido de empréstimo à Crefisa e até mesmo sua declaração de Imposto de Renda também são fontes importantes de dados. 

Como organizar o Big Data?

O Big Data divide-se em duas categorias distintas: Dados usados ​​para análise preditiva: Nesta categoria, as empresas coletam e armazenam os dados para fins analíticos. Um banco  pode armazenar uma lista de bons candidatos a empréstimos. Uma companhia de seguros pode catalogar possíveis fontes de fraude. Uma loja virtual consegue prever novos interesses de clientes em produtos, com base no comportamento passado deles.

Dados de redes sociais: As redes sociais Facebook, Twitter e LinkedIn criam dados chamados de não-estruturados.O fluxo de comentários e informações entre os participantes dessas redes é livre e gratuito. Atualmente, as empresas procuram captar todas estas interações do público a fim de tentar monitorar e entender, por exemplo, as conversas nas redes sociais sobre uma marca. Grandes agências de publicidade usam softwares  para monitoramento de mídias sociais com o objetivo de domar o universo de dados não-estruturados. Empresas de análise da Web estão surgindo o tempo todo.

Como é a interação entre Big Data e Pesquisa de Marketing?

Normalmente as pesquisas de marketing focam em 3 objetivos gerais:

• • Como segmentar compradores dentro de um público;

• • Como criar um produto ideal usando análises conjuntas;

• • Quanto uma empresa deve cobrar por um produto;
  • Pesquisas eleitorais para definir mensagens mais eficazes.

Estes tipos de análises demonstram como os objetivos do Big Data e pesquisa de marketing são diferentes. Os objetivos da pesquisa de marketing são mais específicos, enquanto os dados do Big Data podem ser extremamente volumosos. Embora seja possível ter uma ideia geral do que se diz sobre uma marca usando dados do Twitter, Facebook, ou de um imenso banco de dados de clientes, uma meta de marketing realmente focada não pode ser abordada usando apenas os métodos do Big Data. As questões de marketing mais restritas, só são abordadas através da pesquisa de marketing. A pesquisa tradicional não vai desaparecer tão cedo.

Alguns atributos do Big Data podem sim aprimorar a pesquisa de marketing. A análise preditiva, particularmente nas empresas que possuem grandes volumes de informações do cliente podem agregar valor de segmentação das pesquisas. Nas redes sociais, análises do Big Data também são ferramentas valiosas que trazem textura à pesquisa de marketing. Concluímos então que Big data e pesquisa de marketing podem e devem andar juntos. Ambos formam um conjunto de ferramentas formidável nas mãos daqueles que sabem explorar todo o seu potencial. Entendeu agora como funciona a relação entre Big Data e pesquisa de marketing? Então aproveite e aprenda como utilizar melhor as redes sociais em sua estratégia de marketing.