O mundo atual conta diariamente com o funcionamento de diversas tecnologias transformadoras: desde a possibilidade de encontrar qualquer informação com uma simples busca, até serviços personalizados para solucionar problemas extremamente complexos em uma empresa. A internet e as tecnologias associadas foram a grande transformação do século 21.
Entre todas essas novidades, costumeiramente ouvimos o conceito de “big data”, inclusive, diversas empresas existem apenas aplicando essa ideia a algum problema. Mas o que exatamente é essa ideia e como a big data transforma um ambiente empresarial? Confira neste artigo.
É importante notar que desde suas aplicações domésticas, como assistentes virtuais inteligentes e aplicativos de armazenamento em nuvem, até as soluções empresariais, podem ter vantagens e desvantagens. Entre elas, a maior preocupação dos usuários são os possíveis vazamentos de dados e violação da privacidade, por isso, antes de se familiarizar com a big data, pode ser interessante conhecer como funciona a proteção de redes e dados, por exemplo, descobrindo o que é VPN e aplicando-a em seu ambiente.
5 Vs que definem a ideia
- Volume: muitos dados podem ser gerados e coletados.
- Variedade: as fontes e origens são diversas.
- Velocidade: a chegada e processamento das informações é rápida.
- Veracidade: as informações trazem à tona uma verdade.
- Valor: através de tudo isso, conseguimos gerar valor.
Esses são os 5 conceitos que moldam a definição de big data: o conjunto de técnicas digitais que conseguem coletar um grande volume de dados, integrar as informações, e tecer conclusões ou soluções com base no que foi coletado.
Um exemplo simples é o recurso de sugestão de restaurantes e locais de interesse dos celulares atuais: o algoritmo coleta seus locais frequentes, horários de trabalho, número de visitantes de cada localização, preferências particulares por tipos de comida, resposta a outros restaurantes, e é capaz de levantar sugestões inteligentes que combinam com seu gosto, sem interferência humana.
Outro exemplo cada vez mais comum do emprego da big data em situações comerciais é o supermercado. O estabelecimento fornece a seus clientes um aplicativo, com comodidades como pagamento rápido e descontos, e usa esse serviço para monitorar o trajeto dentro da loja, a frequência de compras, os padrões de produtos (muitos produtos diet, ou então muitos congelados) e com isso é capaz de otimizar seu ambiente, reduzir custos, e ainda por cima oferecer descontos personalizados.
Volume imensurável de dados
Um dos maiores desafios das soluções de big data é conseguir coletar a grande quantidade de informações geradas. Seria praticamente impossível armazenar todos os dados, e ainda mais processá-los de forma útil, sem soluções inteligentes e algoritmos especializados na otimização de coleta e processamento de informações. Essa é a grande novidade da última década, permitindo que a big data seja aplicada até em pequenas empresas.
Existem três grandes categorias de dados úteis:
- Social data: Os dados sociais que são coletados por fontes como Google, redes sociais e interações. Com esses dados, é possível criar estratégias de marketing extremamente eficientes, otimizar espaços de trabalho, e reduzir mão de obra.
- Enterprise data: Coletada em escritórios, corporações e empresas, servem para revolucionar o RH, identificando quais são os gargalos na produção, como gerir os recursos humanos e como alavancar a produtividade.
- Personal data: Os dados pessoais coletados sobre alguém específico, com a possibilidade de lhe oferecer serviços personalizados, como o exemplo do supermercado.
A interação entre essas informações, e aplicação inteligente das conclusões que podem ser extraídas delas, é uma das maiores revoluções digitais que podemos encontrar nos dias atuais.
Isso viola a privacidade?
A questão da privacidade digital é cada vez mais complicada. Embora existam várias formas de evitar a violação da privacidade dos usuários, como algoritmos de privacidade diferencial, anonimização e distribuição, a natureza de alguns serviços exige a coleta de alguns dados pessoais dos usuários. Em um caso famoso, a loja varejista Target descobriu que a cliente estava grávida sem que a futura mãe sequer soubesse, pois seu algoritmo notou mudanças em seu padrão de compras.
Na Europa, o conjunto de leis GDPR define como esses dados podem ser coletados e usados, sem impedir a tecnologia de big data, mas garantindo à população o controle, conhecimento e preferência sobre seus dados. No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados entrou em vigor com um objetivo muito semelhante.
O uso de big data, de forma responsável, continuará crescendo e revolucionando a vida pessoal e empresarial de toda a população, por isso, é interessante pesquisar sobre o assunto e começar a investir nas aplicações de big data hoje mesmo. Não deixe de conferir o formato atual da LGPD.