Essa modalidade de marketing, chegou como alternativa para pequenas empresas terem a capacidade de disputar a atenção do mercado no mesmo alcance de grandes corporações. De um ponto de vista prático, isso é um grande desafio. É por isso que o Marketing de Guerrilha é uma técnica mais agressiva, e exige uma estratégia de observação e planejamento que se assemelha a uma batalha entre forças desproporcionais.
Como e quando surgiu o Marketing de Guerrilha
Esse conceito de marketing foi concebido dentro de um conceito histórico da década de 70, onde Jay Conrad Levinson, inspirado nas estratégias de combate vietnamitas contra o exército americano, viu a possibilidade de um lado menor afrontar um inimigo muito mais potente. Os vietnamitas exploraram toda vantagem que puderam encontrar dentro da realidade geográfica de seus país, e aplicaram técnicas que valorizavam os recursos que já estavam em seu alcance, o que os levou a superar uma força bélica de um oponente visivelmente superior.
Técnicas e estratégias do Marketing de Guerrilha
Hoje o Marketing de Guerrilha é usado por todos os tipos e portes de empresas. Mas sua base foi um meio de otimizar os recursos e conseguir uma grande campanha com um baixo orçamento. Isso exige um exercício de muita observação e criatividade, onde é preciso inovar e fugir do convencional.
Para você ter uma visão mais prática de aplicações desse conceito, organizamos as principais estratégias contextualizadas em campanhas clássicas de Marketing de Guerrilha:
- Aproveitamento de recurso local: Há ocasiões em que basta observar o que o ponto de seu comércio oferece que possa ser utilizado como referência de seu produto ou serviço. Por exemplo, um restaurante vegetariano decidiu aproveitar as árvores em frente a seu prédio para decorá-las como cenouras gigantes. Pode parecer insignificante, mas são detalhes como esse, fugindo aos padrões, que te destacam da concorrência.
- Explorar as circunstâncias do cotidiano: Muito mais eficiente que expor uma imagem de seu produto em um outdoor sem contexto algum, essa técnica consiste em aplicar a funcionalidade de seu produto em situações cotidianas, onde será absorvido de uma forma muito mais profunda e direta com o público. Um exemplo inteligente dessa estratégia, foi aplicado pela empresa de móveis e decoração Ikea. Dentro de um metrô, que é um lugar onde circulam muitas pessoas e que eventualmente precisam esperar pelo embarque, foi criado um cenário de uma sala de estar com sofás e itens de decoração, onde o público podia testar a qualidade de seus móveis em um contexto lógico. Outro exemplo clássico, são campanhas anti-fumo que utilizam de escapamentos de ônibus para ilustrar seus argumentos.
- Atuar na falha da concorrência: Essa técnica exige atenção e pesquisa constante da concorrência. O marketing de guerrilha pode ser de fato um ataque, onde uma empresa aproveita uma falha do concorrente e cria uma sacada baseada nessa brecha. Em um momento em que o site de pagamentos online Paypal estava congelando diversas contas de seus clientes, seu concorrente WePay, congelou uma porção de notas em um grande cubo de gelo e simplesmente o deixou em frente a uma conferência. Em poucos dias o WePay recebeu milhares de cadastros.
Cuidados a serem tomados ao executar o Marketing de Guerrilha
Nem sempre o Marketing de Guerrilha dá bons resultados. Por consistir em campanhas “ousadas”, é preciso muita atenção em pesquisa para não converter sua campanha em anti-marketing. Evite explorar assuntos polêmicos e que tenham potencial de ofender qualquer grupo de pessoas. Se houver qualquer possibilidade de dar errado, não hesite em estudar outra campanha para seu produto.