Como o e-commerce vem impactando o comércio B2C e B2B
“Retail Apocalipse” ou “Apocalipse do Varejo” é um termo que tornou-se popular nos Estados Unidos nos últimos anos. E, você já deve saber quem é acusada de ser a principal culpada por isso: a tecnologia. Mais precisamente, nos referimos ao crescimento do e-commerce em todo o mundo. Porém, é nos países da América do Norte e na Europa onde a situação acelera-se mais intensamente.
Recentemente, o site InfoMoney publicou uma curiosa notícia: Um Shopping no Reino Unido foi vendido apenas por 310.000 libras, o equivalente a US$ 403.000. Essa quantia é um quarto menor do que o valor médio de um apartamento em Londres. De maneira geral, o valor dos pontos de venda no Reino Unido vêm sendo bastante afetado pelo crescimento e-commerce.
O Amazon, maior varejista online do mundo, é responsável por 1 em cada 5 libras gastas pelos britânicos, atualmente. Os custos de manutenção de uma loja física por lá, que vão desde altos aluguéis, impostos e o aumento dos preços de produtos importados por conta do Brexit, tem contribuído no processo de queda do varejo tradicional.
Os países do hemisfério Norte sofrem mais com o “Apocalipse do Varejo”
Nos EUA, a situação não é diferente. De acordo com o site E-commerce Brasil, o Amazon também deve faturar US $ 258,22 bilhões nas vendas online por lá. Veja só esse gráfico do site e-Marketer. As vendas do Amazon representam mais do que todas as outras grandes lojas americanas juntas:
E o mesmo movimento é observado até no comércio B2B norte americano. Em 2018, o e-commerce B2B faturou 9 trilhões de dólares, entre redes comerciais e as EDI (eletronic data interchange), de acordo com a consultoria Forrester. Apenas as redes EDI, pelas quais as empresas trocam pedidos, faturas e outros documentos padronizados por meio de sistemas baseados em nuvem, são responsáveis por cerca de 4,70 trilhões deste faturamento.
Por outro lado, algumas iniciativas que vão na contramão da tecnologia no varejo chamam atenção. Fabio Britto, VP da Leo Burnett Tailor Made Brasil, esteve em Chicago e constatou que a Amazon acaba de abrir uma livraria física por lá. Fábio acredita que o varejo híbrido é o caminho mais provável para resolver essa situação.
Para ele, o “apocalipse do varejo”não é tão iminente. Outas lojas americanas que trabalhavam exclusivamente com e-commerce seguem o mesmo movimento: Shinola, Casper e Bonobos também abriram lojas físicas na terra do Tio Sam. Algumas empresas ainda acreditam na força das compras presenciais para boa parte dos consumidores.
O modelo híbrido entre lojas físicas e online parece ser o melhor caminho
No Brasil, temos uma evolução mais lenta deste quadro. Porém, grande parte dos Shoppings Centers já está se preparando para as mudanças. O grupo BR Malls, maior controlador de Shoppings do país já adquiriu 45% da plataforma online chamada Delivery Center.
A ideia do grupo é integrar as lojas físicas ao varejo online, tentando frear o tal “apocalipse do varejo”. Neste modelo, os Shoppings tornariam-se grandes centros de distribuição de produtos. O objetivo é que até o fim deste ano, os 40 Shoppings da BrMalls estejam integrados ao sistema. Em reportagem da Revista Exame, o presidente da Delivery Center Andreas Blazoudakis, disse que apenas nos primeiros três meses de operação nas praças de alimentação, houve um aumento de 15% nas vendas dos restaurantes.
Analisando com calma, vemos que o termo “apocalipse do varejo” é um tanto pessimista e exagerado. A tecnologia do e-commerce só vem a somar quando trata-se de vender e conquistar o cliente. O tal “apocalipse”, nada mais é do que uma adaptação dos modelos de venda tradicionais à nova realidade do mercado consumidor. E, você? Pretende investir em um e-commerce? Então, conte para a gente. E, continue acompanhando o blog da Control F5.