Entenda na prática como o marketing digital domina o marketing político
Atualmente, política não é o assunto mais fácil para se falar aqui no Brasil. Mas, é inegável que o marketing político desperta curiosidade e tem tido extrema importância em tempos do advento das redes sociais como parte das campanhas eleitorais.
E para a você que gosta de saber tudo sobre marketing digital, trouxemos alguns exemplos interessantes sobre como o marketing político acontece na Internet.
Porém, para não dar briga, vamos falar sobre o marketing político lá dos EUA. Confira e veja cases interessantes que só foram possíveis graças ao uso de estratégias de marketing digital.
Facebook Ads e o marketing político de Donald Trump
Nos primeiros dias da campanha eleitoral de Trump, seu estrategista digital, Brad Parscale, recebeu um pequeno orçamento com o objetivo de expandir o banco de dados de possíveis eleitores do empresário.
Inicialmente, ele tinha em seu poder apenas e-mails e números de telefone de alguns entusiastas de Trump. Então, o estrategista decidiu então investir todo o orçamento no Facebook Ads.
No começo, Parscale usou a função de “público personalizado” afim de encontrar os perfis no Facebook dos contatos que já tinha. Usando a ferramenta “Opções de segmentação de público-alvo” do Facebook Ads, os anúncios foram entregues com base na atividade do usuários, afinidade étnica ou dados demográficos, como localização, idade, sexo ou interesses.
O estrategista ampliou seu “radar” usando o “público similar”, uma ferramenta poderosa que permite encontrar pessoas no Facebook com qualidades comuns. Isso significa, neste caso, os possíveis seguidores de Trump. Além disso, a Parscale também implementou software para otimizar o design e a entrega dos anúncios do Facebook.
A campanha gerou tantos anúncios que 100.000 landing pages diferentes foram criadas, cada uma direcionada para segmentos diferentes . Isso significa que mais de 100.000 peças diferentes de conteúdo foram criadas.
Dado o enorme sucesso que Trump obteve com seu baixo investimento inicial no Facebook Ads, no final da campanha ele resolveu ampliar a estratégia. Nas últimas semanas antes das eleições o candidato investiu 150 milhões de dólares no Facebook e no Instagram.
Trump também usou as mídias sociais para tirar votos de Hillary Clinton
Nesta fase da campanha, seu objetivo era tirar votos de Hillary Clinton, mirando sua estratégia nos seguidores da adversária. Para isso os marqueteiros de Trump criaram um banco de dados chamado Project Alamo. O banco de dados era uma operação de arrecadação de fundos e propaganda política dentro das plataformas de mídia social.
O Project Alamo foi criado com dados de diferentes origens.Muitos simpatizantes da iniciativa do candidato deram contribuições financeiras e também ajudaram a fazer campanha para Trump.
A iniciativa de tentar convencer eleitores de Hillary a mudarem de ideia foi direcionada para os três setores em que ela tinha como seus principais eleitores: liberais brancos, mulheres jovens e afro-americanos. Trump acabou tendo relativo sucesso, conseguindo fazer com que parte desta população mudasse seu voto.
Os melhores exemplos de marketing político são aqueles que atingem seus objetivos da maneira menos esperada. Mas, também, usando ferramentas e recursos que estão disponíveis para qualquer um.
Uma das estratégias de Trump para tirar votos do público-alvo de Hillary, foi resgatar uma fala de dela de 1996 onde a candidata falou que os afro-americanos jovens eram “super predadores” e deviam ser encarcerados.
A partir do conteúdo antigo da fala foram criados memes que se espalharam rapidamente pelas redes sociais.
Você deve se lembrar também que Trump foi acusado de espalhar fake news através do Facebook. Sobre isso, até Mark Zuckerberg se manifestou. O CEO da plataforma ressaltou que, na verdade, o investimento de Trump em Facebook Ads, é que tiveram uma influência significativa em sua campanha.
Isso é marketing político.
Conteúdo de vídeo no YouTube, influenciadores e Barack Obama
Como o marketing político vem absorvendo o conceito de vídeo marketing no YouTube? Um dos primeiros casos mais relevantes do uso de vídeo marketing e influenciadores ligados a conteúdo político aconteceu na campanha de Barack Obama nas eleições americanas de 2008.
Um dos astros mais famosos do mundo Will.I.Am, fundador da banda Black Eye Peas, fez um vídeo para a campanha de Obama que contou ainda com a participação de mais 30 personalidades famosas nos EUA como Kareem Abdul Jabbar, Tatiana Ali, Cannon Nick, Common, Kelly Hu, Scarlett Johansson, John Legend, Nicole Scherzinger e Kate Walsh.
Will.I.Am disse que se inspirou para fazer o vídeo depois de ouvir o famoso discurso de Obama em New Hampshire. Jesse Dylan, filho de Bob Dylan, dirigiu o projeto.
Na época, os marqueteiros da campanha de Obama disseram que não tinham nada a ver com a criação e distribuição de “Yes We Can”. Entretanto, o conteúdo do vídeo foi aproveitado e utilizado pelo candidato, que foi eleito pela primeira vez.
Enfim, estes são apenas alguns exemplos de como estratégias fundamentais no marketing digital também tem funcionado no marketing político, gerando resultados até além das expectativas dos candidatos.
Estes cases mostram que organização, planejamento e segmentação são essenciais para atingir as metas no marketing político atual, onde as mídias sociais e plataformas digitais não podem mais ficar de fora.
Para saber tudo o que o marketing digital pode fazer por você e sua empresa, continue seguindo o blog da Control F5.